Só falta pararmos de resistir.
A segunda aula, como já havia se acordado já iniciou com a apresentação do primeiro seminário. O texto era Narrativas Enviesadas da autora Kátia Canton, autora que foi meio que mitificada entre nós por ser jovem e já ter publicado vários livros bons, doutora em artes, nos acompanhou com outros textos que ainda hei de comentar. Querida Kátia, grande companheira da trajetória, queria deixar-te um abraço, mas acho que seria frio demais, a tecnologia me broxa, foi mal Kátia.
A apresentação ficou por conta do Silvano, boa pessoa que domina a geografia como poucos, professor, uma verdadeira aquisição para a turma, e digo mais para a faculdade, e digo mais, para o teatro belenense, pena que parou de frequentar as aulas, espero que não desista do curso. Silvano apresentou com muita riqueza o texto, dando parâmetro históricos e políticos acerca do tema desenvolvido até abarcar a contemporâneidade e o por que das artes começarem esse processo de enviesamento de narrativas, linguagens e técnicas. Seus slides da apresentação continham mapas e localizações da Europa e pequenos adendos sobre as guerras que me deixaram fascinado, gosto de geografia e de física também. Gostei de como ele utilizou o assunto que ele domina para complementar e enriquecer a sua apresentação. Pensei em fazer o mesmo com meu conhecimento de engenharia, mas lembrei que não tinha aprendido muita coisa, ai apenas sorri sozinho, como alguém que está feliz consigo mesmo.
Ai, a vida é doce, depressa demais.
Um abraço pro Neno, meu amigo da engenharia, já te disse pra fazer uma faculdade de filosofia um dia. Seu louco. Grava meus filmes do Luis Buñuel e Bergman. Putz acho que to pensando que isso aqui é o orkut, só mandando abraço, que nem político que tem nojo dos pobres. A tecnologia também tem suas vantagens, não quer abraçar alguém? Então manda o abraço virtual, se poupa desgraçado, até a morte, não quer viver de verdade? se poupa vai.
Sim, voltando, a apresentação do Silvano só deixou a desejar um pouco na profundidade do tema das narrativas em si, ele se empolgou um pouco, acho que pensou que estava dando aula mesmo. Foi até engraçado, ele tem um jeito engraçado em cena (em cena que digo é etnocenologicamente, ele se pondo na frente, para expor o texto, como se tivesse assumido a cena, tudo isso a Wlad já tinha dito para observarmos). Ele tem um jeito meio sofredor de explicar algo, cruza as pernas e apóia um dos cotovelos sobre a coxa põe a mão na testa, sustentando a cabeça com os dedos incador, "cotoco"(ou anelar) e dedão com a cabeça meio abaixada, como o Chico Xavier psicografando ele fala com profundidade e intensidade sem jamais encarar as pessoas nos olhos, com o olhar perdido, como procurando suas palavras nas coisas, chão, cadeiras, frestas, uma figurassa. Muito gente boa o Silvano, eu estava até organizando o primeiro churrasco, futebol e piscina da turma na escola dele, mas o geógrafo não apareceu mais na aula. Deixa eu encontrar ele, vou cobrar. Quem manda prometer... (mentira, ele nem prometeu, mas vou falar pra ele que ele prometeu, haha, sou M.D. cidade velha sempre, YO)
A Patrícia Griggoleto comentou, clareou-se mais o texto, e as narrativas vieram mais a tona.
"Fecha a roda, abre o debate" adoro ouvir a Wlad dizer isso. Debatemos, algumas pessoas podiam ter participado mais, debate bom é com todo mundo se comendo nas palavras.
Fomos ao intervalo. Brincadeiras, músicas e diversão. Somos pessoas sãs, graças a Deus, nos enviesamos nessa vida.
Ao voltar do intervalo a Wlad comandou um exercício de volta ao passado o qual não lembro exatamente muitas coisas, é legal contar com detalhes, por isso me detenho por aqui.
Detalhes não são tudo, são só detalhes. Interessante é fazer de um detalhe, tudo que faça falta.
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